quarta-feira, 16 de abril de 2008
Acampamento
Tive noção de loucura, mentiras, desejos escondidos, pessoas pesetas, tudo que existe no ser humano e está escondido. Como se todos estivessem usando mascaras e no exato momento resolvesse tira-las. E você fica em duvida se ainda a estão usando. Estou a falar de uma festa que ocorreu neste final de semana. Foi como se todos estivéssemos trancados dentro de uma gaiola, mas nossos pensamentos estivessem voando mundo a fora, observando e vivendo uma eternidade em um minuto, o coração acelerado, parecendo que quer sair gritando aos quatro cantos o desespero de não conseguir ficar calado, calmo, sensível, a cabeça leve, como uma pena caindo céu abaixo, neste momento. Olhar o céu é impossível, não me lembrei que ele existia. O chão se pareceu com nuvens e eu estava lá andando sobre elas. Meu Deus o que fizeram comigo? Porque as pessoas estão me olhando e todos riem? Em questão de segundo esqueço tudo e começo a dançar, são passos jamais vistos, meu corpo é de um molejo incansável, quero girar sambar, me insinuar, tocar, ser tocada, mas só em quanto danço e mais uma vez, vivo uma eternidade em 4 minutos, enquanto dura a música, que eu não sei ao certo se veio de mim ou se partiu de lá...
Finalmente... Chegou o sono, dormir, mas logo ele me abandonou, saí novamente, andei pela grama, nada encontrei. a não ser alguns bêbados, sorridente, com conversas sem nexo. Não duraram muito, eles se retiraram e eu, me vi obrigada a me recolher, me esforçando para dormir, acendi um cigarro, agora estava tudo mais claro, mais calmo, e eu solitária, carente de atenção, carente de caricias, sinto que tenho que dormir, e consigo. Acordo, para fazer não se sabe o que. Passei um ótimo dia, me entristeci na hora da partida, deixei a grama da frente da casa, onde antes estávamos presos, agora não mais, isso durou um pouco a noite, agora eu não vivo mais uma eternidade em minutos, agora cada coisa no seu tempo. Até chegar a cidade e me encontrar com meu melhor amigo Vamos conversar sobre a viagem, ele sobre a dele e eu e minha amiga depravada incubada sobre a nossa, ela também foi comigo. E então... Conversamos sobre tudo, ainda surgem alguns fleches, mas agora é mais compreensivo, entendo melhor os meus pensamentos, mas não entendo as reações anteriores. Espero pelo sono que demora a chegar. Logo a insônia me abandonará.
domingo, 17 de junho de 2007
O encontro marcado
Ele fazia da queda um passo de dança,
do medo uma escada, do sono uma ponte,
da procura um encontro.
Fernando Sabino.
do medo uma escada, do sono uma ponte,
da procura um encontro.
Fernando Sabino.
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